Pacientes monitorados desrespeitam isolamento social em Ibirama

Os servidores da Secretaria de Saúde de Ibirama estão preocupados com o grande número de pessoas que estão sendo monitoradas, porém, desrespeitam a regras de isolamento social, determinadas pelo Ministério da Saúde. No último relatório, atualizado na manhã desta terça-feira, 5, pelo menos 65 pessoas estavam sob avaliação dos profissionais da saúde. De acordo com a Portaria nº 356, de 11 de março de 2020, elaborada pelo Ministério da Saúde, o isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local. “Com a Unidade Sentinela, onde os pacientes com síndrome respiratória estão sendo encaminhados, o médico faz a avaliação clínica do paciente e determina se ele deve ser encaminhado para o monitoramento e isolado”, explicou a secretária de Saúde de Ibirama, Izabel Petersen. A medida de isolamento prescrita por ato médico deverá ser efetuada, preferencialmente, em domicílio, podendo ser feito em hospitais públicos ou privados, conforme recomendação médica, a depender do estado clínico do paciente, por um prazo máximo de 14 dias, podendo se estender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove o risco de transmissão. A enfermeira e coordenadora da Atenção Básica de Ibirama, Dianare Cucco, explica que a cada dois dias, a equipe da Secretaria de Saúde entra em contato com estes pacientes monitorados, assim como familiares, para atualização do quadro clínico. “Se verificada alguma evolução no quadro, o médico poderá recomendar o encaminhamento deste paciente para a unidade hospitalar de referência”, explicou. Durante o período de monitoramento, os pacientes assinam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que atribui responsabilidade biológica de disseminação de vírus, caso os critérios sejam descumpridos. “A Portaria do Ministério da Saúde respalda que as autoridades de saúde possam denunciar o descumprimento da norma às autoridades policiais, porém, pedimos encarecidamente aos pacientes
monitorados que isso não seja necessário”, destacou a enfermeira. A medida de isolamento é necessária, pois como o número de testes ainda é restrito, não é possível testar toda a população. “Cada paciente que sai pra rua, em 30 dias sem respeitar o isolamento, poderá contaminar até 400 pessoas. Esta é nossa maior preocupação”, explicou Izabel. Para os cidadãos que não possuem síndromes respiratórias e não se enquadram nos critérios de isolamento social, é fundamental que se utilize máscara, realize medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA PMI